Seu José Gomes da Silva, esse é o nome como alguns atribuem o mito que gira em torno da pessoa que foi em vida Seu Zé Pilintra. Nascido no interior do Estado de Pernambuco, um negro forte e ágil, grande jogador e bebedor, mulherengo e brigão. Manejava uma faca como ninguém, e enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assinar a própria sentença de morte. Os policiais já sabiam do perigo que ele representava. Dificilmente encaravam-no sozinhos, sempre em grupo e mesmo assim não tinham a certeza de não saírem bastante prejudicados das pendengas em que se envolviam. Tinha bom coração e como todo boêmio que se preze, muitas mulheres se deixavam conquistar por este grande galanteador que sabia desfrutar das coisas boas da vida. Despertou muita inveja de outros homens que se sentiam menosprezados numa mesma festa em que ele se encontrava. Como bom farrista, não entrava num jogo ou briga que não fosse para ganhar e estava sempre rodeado de belas mulheres.
O que temos certeza sobre sua personalidade única é encontrada nos mais diferentes centros da religião de cultos afro-brasileiros e centros espíritas e em suas cantigas, que narram sua trajetória em vida carnal assim como, a sua passagem para a vida espiritual. Muito boêmio e galanteador, não dispensa uma boa conversa e elogios às mulheres. Sabe entrar e sair de qualquer lugar. Como um bom malandro, não dispensa uma roda de samba, e desliza seus passos firmes e charmosos por onde passa. Gosta de andar com elegância. Sua vestimenta mais famosa, retratada em diversas imagens e desenhos, é o tradicional terno e calça brancos, blusa de listras vermelhas, sapato bicolor e o inconfundível chapéu Panamá. Ajuda quem dele precisa e, muitas vezes, dispensa suas verdades nas mais variadas brincadeiras que solta em meio às conversas. Para bom entendedor...

Ilustrações retiradas livremente da internet.
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