
Os índios sempre foram os donos desta terra. Existe até uma cantiga no Tambor de Mina que diz: "Eu sou caboclo, eu sou de guerra, fui o primeiro que cheguei aqui na terra. Foi meu pai que me mandou. Eu sou príncipe, ele é rei e é meu senhor..." Então, podemos ver que a nossa vivencia na nossa cultura, vem muito mais forte através dos índios. E pro lado do nosso baixo amazonas, como se diz aqui, tem uma ilha chamada Tupinambarana, que é um conjunto formado por 4 ilhas e que antigamente era habitado pela tribo dos índios Tubinambás.
Vou começar por um grande índio e guerreiro chamado Tupi Açu.

Hoje, é muito difícil dizer que existe na religião afro brasileira alguma nação pura. Isso não existe. Até por que, se formos adentrar em algumas questões, iremos verificar a presença bem marcante de caboclos, índios, pretos velhos e, até mesmo no Angola, quando saúda o boiadeiro, está saudando o Brasil, o afro brasileiro.
E, voltando à lenda de Tupi Açu, uma das histórias que sondam este Índio, diz respeito quando uma tribo tentava invadir uma outra tribo para ampliar território, que era o motivo pelo qual eles mais brigavam pois, se havia uma tribo em que em seu território passava água em abundancia ou outra haveria mais mata e plantas de cura que a outra, tudo era motivo. O índio sobrevive de tudo, da pesca, caça, plantio, e verifica se a terra é boa ou não para dar bons resultados na colheita. Então, estando
Tupi a fazer sua ronda de guarda por cima das árvores, ele encontra uma onça. Dizem que esta onça estava meio ferida, cambaleando. Ao vê-la, saltou pra cima dela e iria abatê-la para comer, mas ao olhar em seus olhos, sentiu algo diferente, que ali teria alguma coisa a mais, como se não fosse apenas um animal qualquer, como se o toque de um espírito estivesse ali naquela onça. Então, ele colocou sua mão na testa dela, que ocasionou uma união de forças e poderes sobrenaturais agindo entre eles. Ele, com a intensidade do que estava ocorrendo, caiu ao chão e, em um pequeno transe, ele viu o espírito de um índio, de um pajé, usando a cabeça de uma onça e lhe dando instruções para que ele se preparasse pois, haveria um grande conflito em sua tribo. Esse índio, já em sua idade 
Então, esse índio guerreiro, além de ser em grande líder entre as tribos, também é um grande conhecedor de ervas, sementes encontradas aqui em nossa cultura.

Então, você tira até mesmo de exemplo, o veneno da cobra que, pode te matar e também se extrair o soro antiofídico e sair sua cura. A folha, funciona assim também, quando é dada de uma maneira errada, pode atrapalhar. Tem árvore que você não pode tirar a folha para se fazer o chá e sim sua raíz. E tem árvore que só pode dar a folha e não a raiz porque, sendo mais forte, pode atacar alguma região do organismo de forma mais brutal. E a cultura serve para unificar tudo isso. Uma forma de cura, onde temos o maior conglomerado de medicina natural, se encontra aqui no nosso Amazonas e, os maiores guardiões dessa variedade medicinal, ainda são os índios, onde pouco se ouve sobre esses relatos e, infelizmente, está se esvaindo aos poucos dentro de nossa cultura, de nossos terreiros e dando espaço a outras entidades.
Por fim, quero agradecer a todos por me permitirem esse espaço, lendo um pouco dessas palavras de colaboração à nossa cultura. Axé a todos.
Imagens meramente ilustrativas retiradas da internet
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