Meu vodum, meu caminho, minha vida. A quem devo todas as conquista de toda minha jornada. Dono de minha casa, de meu Ori. Xapanã nunca me deixou às merces das maldades e inveja de nosso mundo. Dono das varíolas, e das doenças em geral, nunca me deixou abater por males físicos, sempre me levantou e me deu o axé necessário para seguir em frente de cabeça erguida sem temer a quem usa o preconceito como armadura para maquiar suas frustrações em não aceitar que todos viemos de um mesmo Deus, apenas o cultuamos de forma diferente do convencional. Sua dança em conjunto com sua vestimenta de palha e sua cantigas nos remete a quem devemos temer para não atrairmos doenças ou males espirituais. Xapanã também é a cura. Quando gira sua palha dançando, "varre", leva tudo de ruim que possa estar naquele ambiente e nas pessoas que ali se encontram. ATOTO ATOTO AJUBERÔ VODUM LEGO XAPANÃ.
Segundo Reginaldo Prandi, em seu estudo em relação a Casa das Minas de Toy Jarina, com a contribuição ainda em vida de meu pai Francelino de Xapanã, "Nas Pegadas dos Voduns" (disponível on line), Xapanã pertence a família Dambira que reúne os voduns da terra ligados às doenças e às curas.
O dia de seus festejos é creditado no dia 20 de Janeiro. Onde fazemos nossas obrigações com a devida antecipação com os filhos da casa respeitando os preceitos onde pedimos proteção ao vodum para que as doenças não nos alcancem e muito axé em nosso caminhar. Obrigado meu Vodum, por mais esse ano de obrigações cumpridas. Axé axé axé a todos que estão lendo.
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